Ao pico da montanha mais alta vivia uma criatura.
Diziam que ao longe poderiam ouvir seus passos e urros devido a sua altura.
Os jovens de hoje não acreditam nessas lendas.
Escalam suas escarpas, com pés e mãos em suas fendas.
Chegam quase a pico do monte gelado.
Cantarolando e chamando o monstro, o monstro errado.
Um desafio é feito aos mais novos da trupe.
Conte até vinte de costa para a caverna, mas não se assuste.
O pequeno corajoso então se prontifica.
Um, dois, Com o frio cortando o rosto o vermelho se tonifica.
Três, quatro e cinco.
Os mais velhos zombam, riem e coram.
Em quanto o nosso herói conta a finco.
Seis, sete e oito.
Não trema as pernas garoto.
Ou contaremos aos seus pais e isso lhes trará desgosto.
Nove.
O que se ouve é um som ao fundo.
Vamos conte, mesmo que demore.
Dez, onze.
As batidas no interior da caverna aumentam.
E ainda estamos no doze.
E numa contada mais que atropela saem os próximos.
Treze, quatorze.quinze e dezesseis.
E o arranhar de paredes e o ranger de dentes, grita.
QUEM SÃO VOCÊS?!
O pavor toma conta da comitiva e o pequeno contador imóvel,
de costa para a boca da caverna continua a gaguejar.
Dezessete, dezoito e dezenove.
Os passos pesados a suas costas e a respiração ofegante.
Todos ja ouviram falar no seu nome.
Todos com os olhos esbugalhados e um sorriso paralisado.
Imóveis como estatuas de gelo.. VINTE!
Poucos tem coragem de proferir o nome da criatura.
Aqueles que nunca o viram o chamam de…
Grrrrr, Grri, Grin, O GRINCH!!!!!!